John Kennedy volta ao Fluminense: pressão, concorrência e a sombra do clássico
O regresso de John Kennedy ao Fluminense chega carregado de expectativa e certo peso nos ombros do camisa 9 — e de todo o elenco. Depois de uma passagem breve, porém turbulenta, pelo futebol mexicano, o atacante de 23 anos precisa retomar o protagonismo vivido na última temporada e convencer Renato Gaúcho de que pode ser decisivo outra vez.
No início de 2024, Kennedy se despediu das Laranjeiras em alta: estava nos holofotes após marcar o gol do título da Libertadores e tinha a promessa de brilhar no exterior. No Pachuca, vestiu logo a emblemática camisa 10 e chegou marcando gols importantes. Mas o roteiro mudou rápido — novo técnico no comando e a chegada do brasileiro Kenedy fizeram John Kennedy perder espaço e minutos em campo. A saída virou consenso das duas partes: melhor voltar e buscar novos ares no Flu.
Agora, a situação é diferente do que Kennedy deixou para trás. O time encara o Campeonato Brasileiro em sétimo lugar, pressionado por uma torcida inquieta, e sob influência de rumores sobre a possível transferência de Jhon Arias para a Europa. O cenário pode abrir portas para Kennedy no ataque, mudando as peças do jogo e aumentando sua responsabilidade como alternativa para Renato Gaúcho.
- Trunfos do atacante: entrega física, poder de decisão em grandes jogos e experiência recente como herói continental.
- Desafios: readaptação ao estilo tático exigente de Renato, briga por minutos em um setor ofensivo recheado de nomes e necessidade de reconquistar confiança da comissão técnica.
O clássico contra o Flamengo já está logo ali — e com ele, a expectativa sobre a condição física de Kennedy. O treinador do Flu segue monitorando o ritmo do atacante nos treinos, justamente porque quer contar com ele ao menos parte do tempo diante do maior rival carioca. O jogo é crucial para as aspirações tricolores e pode dar ao atacante uma chance dourada de mostrar que está pronto para ser protagonista novamente.
Oportunidade ou pressão? O momento-chave de Kennedy no Fluminense
Muita coisa mudou desde aquela tarde mágica de 2023, quando Kennedy decidiu a Libertadores. O elenco atual tem novos nomes, as disputas internas aumentaram e a exigência é constante. Agora, ele precisa mostrar maturidade, adaptando-se à hierarquia do vestiário e também à nova proposta de jogo de Renato Gaúcho, que tende a alternar formações e pede versatilidade dos seus atacantes.
O Fluminense conta com a fome de gol do jovem atacante. A diretoria e a torcida esperam que a solução para a oscilação do time no Brasileirão esteja dentro de casa, no retorno de alguém acostumado a decidir. Com contrato até 2026, o futuro de Kennedy depende do que ele mostrar já nos próximos jogos — e, principalmente, se será capaz de transformar o dilema atual em mais um capítulo marcante de sua trajetória no clube.