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Gabriel Jesus reafirma contrato com Arsenal, mas Palmeiras pede volta

Glenda Botelho Fonseca

Glenda Botelho Fonseca

Gabriel Jesus reafirma contrato com Arsenal, mas Palmeiras pede volta

Quando Gabriel Fernando de Jesus, atacante do Arsenal Football Club, confirmou que seu vínculo vai até junho de 2027, a presidente do Sociedade Esportiva Palmeiras, Leila Perpétua de Oliveira Pereira, declarou que "logo você volta para casa". A fala, feita em entrevista à jornalista Paloma Tocci em São Paulo no dia 18 de outubro de 2025, incendiou mais de 15 mil torcedores no Allianz Parque. Enquanto isso, o treinador Mikel Arteta garante que o futuro de Jesus ainda está nos planos do clube inglês.

Contexto histórico e vínculo com o Palmeiras

Jesus chegou ao Palmeiras aos 16 anos, assinando seu primeiro contrato juvenil em 1º de julho de 2013. Debutou na equipe principal em 10 de agosto de 2015 e disputou 63 partidas na Série A antes de ser vendido ao Manchester City por £27 milhões em janeiro de 2017. No City, colecionou quatro títulos da Premier League ao lado de Pep Guardiola. A troca para o Arsenal, em julho de 2022, custou cerca de £45 milhões, e desde então o atacante tem sido peça-chave, apesar de duas graves lesões no ligamento cruzado anterior (ACL).

Lesão, reabilitação e contrato até 2027

A segunda ruptura do ACL ocorreu em 15 de janeiro de 2025, durante partida contra o Chelsea. A cirurgia foi feita em 22 de janeiro, e o jogador completou 120 horas de fisioterapia até 24 de outubro de 2025 no centro de treinamento de London Colney. O contrato vigente garante a Jesus um salário semanal de £220 000 até 30 de junho de 2027, com cláusula de liberação de £35 milhões válida somente para clubes brasileiros. Em entrevista ao Placar, o capitão afirmou que "o interesse do Palmeiras sempre existirá, mas ainda não há nada formal".

Reações de torcedores e a pressão pública

Na noite de 21 de outubro, mais de 15 mil torcedores foram ao Allianz Parque gritar "Volta logo, Gabriel!". A manifestação refletiu não só o carinho pela estrela que saiu da base, mas também o medo de perder um talento antes da disputa da copa do mundo de clubes de 2026. Nas redes, hashtags como #VoltaGabriel e #Palmeiras2026 bombearam, enquanto analistas da KPMG Brasil apontam que o clube pode precisar desembolsar entre £15 milhões e £20 milhões, além de cláusulas de performance, para garantir a volta do atacante.

Negociações, interesse de clubes europeus e estratégia financeira

Negociações, interesse de clubes europeus e estratégia financeira

Apesar da declaração de Leila Pereira, o Everton Football Club está na lista de possíveis compradores, com seu técnico David Moyes sondando uma transferência para o janela de janeiro de 2026. O diretor técnico do Arsenal, Edu Gaspar, insiste que o atleta ainda faz parte do plano de Arteta e que o retorno aos treinos está previsto para 28 de novembro de 2025, com estreia competitiva possível em dezembro de 2026. O proprietário americano Stan Kroenke tem mantido a avaliação do jogador em £20 milhões, o que, segundo fontes internas, dificulta uma negociação rápida.

Perspectivas futuras e impacto no futebol brasileiro

Se o acordo for concluído, Jesus será o primeiro brasileiro com cláusula de liberação exclusiva para clubes nacionais a mudar de volta ao Brasil nos últimos quatro anos. O retorno fortaleceria a linha de ataque do Palmeiras, que terminou a temporada 2024 como vice-campeão da Série A e campeão da Copa do Brasil. Além disso, a presença de um nome de calibre internacional pode inspirar jovens da base a permanecerem mais tempo no futebol nacional, algo que o clube tem defendido como prioridade estratégica.

Fatos-chave

Fatos-chave

  • Contrato Arsenal‑Jesus: até 30/06/2027, salário £220 mil/semana.
  • Lesão ACL: ruptura em 15/01/2025, 120h de reabilitação concluídas.
  • Valor estimado da transferência para o Palmeiras: £15‑20 milhões + bônus.
  • Cláusula de liberação: £35 milhões válida só para clubes brasileiros.
  • Manifestação de torcedores: 15 000 pessoas no Allianz Parque em 21/10/2025.

Perguntas Frequentes

Quando Gabriel Jesus poderá voltar a jogar pelo Arsenal?

O atleta está programado para iniciar treinos completos em 28 de novembro de 2025 e deve estar apto para partidas competitivas a partir de dezembro de 2026, segundo o departamento médico de London Colney.

Qual o valor que o Palmeiras deve pagar para contratar Gabriel Jesus?

Analistas da KPMG Brasil estimam que o preço ficaria entre £15 milhões e £20 milhões, com adicionais ligados a metas de desempenho e possíveis pagamentos de % de vendas futuras.

Outros clubes europeus também têm interesse em Gabriel Jesus?

Sim. O Everton, comandado por David Moyes, manifestou intenção de negociar um empréstimo com compra opcional para o período de janeiro de 2026, embora o Arsenal ainda o considere parte do projeto de Mikel Arteta.

Como a possível volta de Gabriel Jesus impactaria a campanha do Palmeiras na Club World Cup 2026?

A presença de um atacante com experiência em quatro títulos da Premier League poderia elevar significativamente as opções ofensivas do clube, aumentando as chances de alcançar a final contra equipes europeias.

Qual a opinião dos fãs sobre a situação atual?

Os torcedores do Palmeiras demonstram ansiedade e apoio incondicional, organizando manifestações, enquanto alguns acreditam que a cláusula de liberação pode ser renegociada para acelerar a transferência.

19 Comentários

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    Priscila Araujo

    outubro 24, 2025 AT 21:16

    É triste ver o Palmeiras tão ansioso, mas o contrato dele com o Arsenal ainda tem bastante tempo. Se o clube quiser, pode negociar de forma tranquila, sem pressões exageradas. Afinal, o jogador tem se recuperado bem da lesão e merece um ambiente de apoio. Espero que tudo se resolva de forma justa para todas as partes.

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    Glauce Rodriguez

    outubro 25, 2025 AT 02:49

    A insistência do Palmeiras em repatriar Gabriel Jesus demonstra um nacionalismo exagerado que ignora os interesses contratuais do atleta. O Arsenal tem todo o direito de manter o jogador até 2027, conforme estipula o acordo vigente. Qualquer tentativa de imposição por parte da diretoria palmeirense pode gerar litígios desnecessários. Portanto, recomenda‑se que o clube brasileiro avalie racionalmente a viabilidade financeira antes de fazer exigências infundadas.

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    Ana Carolina Oliveira

    outubro 25, 2025 AT 08:23

    Cara, a torcida tá a mil por hora, mas vamos lembrar que o Gabriel ainda tem procedimentos médicos a cumprir. Enquanto ele não estiver 100%, não adianta ficar sonhando com volta imediata. Só não deixe a ansiedade atrapalhar a recuperação dele!

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    Bianca Alves

    outubro 25, 2025 AT 13:56

    Que saga! 😅

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    Bruna costa

    outubro 25, 2025 AT 19:29

    Entendo a paixão da torcida, porém a cláusula de liberação de £35 milhões só para clubes brasileiros é um parâmetro estabelecido para proteger os interesses do Arsenal. Negociar abaixo desse valor pode prejudicar a sustentabilidade financeira do clube inglês. Assim, a negociação deve ser feita com base nas condições contratuais já definidas.

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    Carlos Eduardo

    outubro 26, 2025 AT 01:03

    A situação dramática se intensifica quando percebemos que o jogador ainda está longe de sua forma plena. A pressão da imprensa e dos fãs pode ser um peso extra na sua reabilitação. Portanto, é essencial que ele receba apoio técnico e psicológico adequado.

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    EVLYN OLIVIA

    outubro 26, 2025 AT 06:36

    Ah, a lógica de achar que um clube deve ceder ao sentimentalismo da torcida… parece mais um argumento de novela que de negócios reais. Enquanto alguns aplaudem o retorno, outros apenas querem manter a ilusão de pertencimento. No fim, o mercado fala mais alto que o canto dos torcedores.

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    joao pedro cardoso

    outubro 26, 2025 AT 12:09

    Primeiro, vale esclarecer que a cláusula de liberação de £35 milhões não é um número aleatório, mas sim uma estratégia de preço de saída que o Arsenal negociou há alguns anos.
    Essa cláusula só se ativa para clubes brasileiros, o que já deixa o Everton e outros times europeus de fora da jogada direta.
    Se olharmos os números da KPMG, o intervalo de £15‑20 milhões mais bônus é bem abaixo da taxa de liberação, o que significa que o Palmeiras teria que pagar a diferença ou renegociar o contrato.
    Além disso, a data de retorno aos treinos, 28 de novembro de 2025, indica que o jogador ainda tem quase um ano inteiro antes de estar em plena forma competitiva.
    O Arsenal, por sua vez, mantém o valor de mercado em £20 milhões, provavelmente como forma de não assustar possíveis compradores.
    Essa estratégia de manter o preço controlado também serve para proteger o investimento feito em sua reabilitação após duas rupturas de ACL.
    Do ponto de vista médico, as 120 horas de fisioterapia concluídas são apenas um marco inicial; a recuperação completa de um ACL costuma levar de 6 a 9 meses.
    Portanto, ainda há um risco significativo de recaídas, o que naturalmente diminui o apelo imediato para um clube que busca um atacante pronto para a temporada.
    Observando a situação financeira do Palmeiras, o clube ainda está pagando dívidas de outras contratações recentes, o que pode limitar a disponibilidade de caixa para um pagamento tão elevado.
    Em contrapartida, a presença de um jogador com experiência em títulos da Premier League pode gerar receitas adicionais de patrocínios e merchandising.
    Mas esses ganhos são difíceis de quantificar e dependem também do desempenho da equipe nas competições nacionais e internacionais.
    Vale lembrar ainda que a cláusula de liberação só é acionável se houver acordo entre ambas as partes, não sendo algo automático.
    Se o Palmeiras optar por um empréstimo com compra futura, poderia driblar parte do custo imediato, mas isso exigiria a concordância do Arsenal.
    No fim das contas, a decisão será um balanceamento entre fatores financeiros, esportivos e a vontade do próprio jogador, que ainda não se pronunciou definitivamente.
    Enquanto isso, a torcida segue vibrando, mas o mercado não espera por emoções, ele apenas aceita o que está escrito nos contratos.

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    Murilo Deza

    outubro 26, 2025 AT 17:43

    Então, basicamente, o que temos aqui é um monte de números, cláusulas, datas, expectativas, que tudo se mistura, e no final, quem paga a conta? O próprio clube, que já tem dívidas, que ainda tenta equilibrar o orçamento, que ainda tem que lidar com salários, que ainda tem que manter a competitividade... Não parece, portanto, uma solução simples, nem justa.

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    Ricardo Sá de Abreu

    outubro 26, 2025 AT 23:16

    Olha só, o cenário tá parecendo um jogo de xadrez, onde cada jogada tem que ser pensada com cautela. Se o Palmeiras gastar tudo numa única peça, pode acabar peça em falta nas outras posições. Melhor manter a cabeça fria e avaliar o custo‑benefício antes de fazer a jogada.

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    gerlane vieira

    outubro 27, 2025 AT 04:49

    Essa história de cláusula é mais disputa de ego do que estratégia real.

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    Andre Pinto

    outubro 27, 2025 AT 10:23

    Não sei se é o momento certo, mas já ouvi rumores sobre negociações secretas.

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    Marcos Stedile

    outubro 27, 2025 AT 15:56

    Olha, eu sempre achei que esses clubes europeus tenham acordos secretos, tipo, que o Arsenal nunca vai liberar o jogador, mesmo que paguem a cláusula, porque eles têm interesses ocultos, parece até conspiração, não? E ainda tem quem diga que o Everton está apenas de passagem, mas na verdade pode ser um blefe, quem sabe? Tudo isso fica mais confuso com as manchetes sensacionalistas, que inventam tudo.

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    Luciana Barros

    outubro 27, 2025 AT 21:29

    A cláusula de liberação, conforme descrita, só se aplica a clubes brasileiros, o que restringe significativamente o leque de possíveis compradores.

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    Renato Mendes

    outubro 28, 2025 AT 03:03

    Então, basicamente, se o Palmeiras quiser, tem que pagar a grana toda, né? É isso que o contrato diz.

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    Mariana Jatahy

    outubro 28, 2025 AT 08:36

    Na verdade, a pressão da torcida pode ser mais prejudicial que benéfica 🤔. Mesmo que o valor da cláusula pareça alto, o mercado pode encontrar alternativas criativas, como um empréstimo com opção de compra. Portanto, não devemos descartar a negociação apenas pelo valor nominal.

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    Camila A. S. Vargas

    outubro 28, 2025 AT 14:09

    É imprescindível que o Palmeiras conduza as negociações com o máximo de profissionalismo, respeitando os termos contratuais estipulados. Ao mesmo tempo, deve‑se reconhecer o empenho do jogador em sua recuperação, que representa um ativo valioso para o clube. Desejo‑lhe sucesso nas deliberações futuras, alicerçadas em dados concretos e visão estratégica.

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    Priscila Galles

    outubro 28, 2025 AT 19:43

    Oi gente, só lembrando que o contrato tem validade até junho de 2027, então ainda tem tempo pra tudo se ajeitar. Ah, e não esqueçam que a cláusula só vale pra times do Brasil, então o Everton não entra na jogada.

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    Michele Hungria

    outubro 29, 2025 AT 01:16

    A insistência do Palmeiras em acelerar a transferência demonstra uma falta de planejamento financeiro alarmante. Tal postura pode comprometer a estabilidade econômica do clube e, consequentemente, sua competitividade.

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