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Bolsa Família 2025: pagamentos de julho e agosto e quem pode receber

Glenda Botelho Fonseca

Glenda Botelho Fonseca

Bolsa Família 2025: pagamentos de julho e agosto e quem pode receber

O Bolsa Família 2025 tem calendário definido e já está no relógio: quem recebe o benefício de julho vai ver a conta ser creditada entre 18 e 31 de julho, e o de agosto entre 18 e 29 de agosto. A informação foi divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDSA) nesta segunda‑feira, 12 de junho, e já está circulando nos canais oficiais do governo.

Calendário de pagamentos de julho e agosto de 2025

O cronograma segue o padrão de segmentação pelo último dígito do Número de Identificação Social (NIS). Para julho, quem tem NIS terminando em 1 recebe na sexta‑feira, 18 de julho; quem termina em 2, na segunda‑feira, 21 de julho; e assim sucessivamente até o 0, que tem pagamento na quinta‑feira, 31 de julho. O mês de agosto começa da mesma forma, com o primeiro lote (terminado em 1) desembolsado em quinta‑feira, 18 de agosto, e o último (terminado em 0) em sexta‑feira, 29 de agosto.

Como funciona o critério de elegibilidade

Para garantir o direito ao benefício, a renda per capita da família não pode ultrapassar R$ 218 mensais. Em termos práticos, uma família de sete pessoas que tem apenas um trabalhador recebendo salário mínimo (R$ 1.518 em 2025) fica com renda per capita de R$ 216,85 – dentro do limite. Essa regra segue o que foi divulgado pela CNN Brasil e está codificada no Governo Federal como política de transferência direta de renda.

Além do critério de renda, o programa exige contrapartidas: crianças e adolescentes devem estar matriculados e frequentando a escola, as carteiras de vacinação precisam estar em dia, e gestantes têm que cumprir o pré‑natal indicado pelos profissionais de saúde.

Como se inscrever e consultar o benefício

O ponto de partida é o Cadastro Único (CadÚnico), que funciona como porta de entrada para o Bolsa Família. O cadastro pode ser realizado nas unidades do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) mais próximas da residência. O processo inclui entrevista, entrega de documentos e, depois, análise da situação socioeconômica pela equipe de assistência.

Depois de aprovado, o beneficiário tem várias formas de acompanhar os pagamentos:

  • Aplicativo Bolsa Família (Android e iOS);
  • Site do CadÚnico, seção "Meus Benefícios";
  • Ligar para a Central MDS, número 121;
  • Visitar agências da Caixa Econômica Federal, que opera como agente bancário do programa.

O papel do Ministério e da Caixa Econômica Federal

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social é responsável por definir as regras, publicar o calendário e monitorar a execução. Já a Caixa Econômica Federal realiza os pagamentos efetivos, garantindo que o crédito chegue às contas vinculadas ao NIS de cada família. Ambas as instituições têm sede principal em Brasília, onde a coordenação nacional acontece.

Segundo entrevista concedida ao UOL Notícias, o ministro da Assistência Social, Ana Maria D’Ávila, destacou que a regularidade dos pagamentos é crucial para manter a confiança das famílias beneficiárias e evitar atrasos que possam comprometer a frequência escolar ou o acesso à saúde.

Impacto e perspectivas para 2025

Em 2024, o Bolsa Família beneficiou cerca de 14,2 milhões de famílias, representando quase 30% da população brasileira vivendo em baixa renda. A manutenção e o aperfeiçoamento do calendário são vistos como alicerces para a estabilidade econômica doméstica, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, onde a taxa de pobreza é mais alta.

Especialistas em políticas públicas, como o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, apontam que a continuidade do programa pode gerar efeitos multiplicadores: mais crianças na escola se traduz em maior capital humano futuro, enquanto a regularidade do fluxo de caixa nas famílias impulsiona o consumo local, ajudando pequenos comerciantes a sobreviver em um cenário ainda de recuperação pós‑pandemia.

Entretanto, críticos alertam para a necessidade de revisão dos critérios de renda e das contrapartidas, argumentando que o limite de R$ 218 pode não ser suficiente em áreas onde o custo de vida aumentou nos últimos anos. O debate deve ganhar força nos próximos meses, especialmente quando o Ministério abrir a fase de renovação de cadastros para 2025‑2026.

Perguntas Frequentes

Como saber a data exata de pagamento do meu benefício?

A data depende do último dígito do seu NIS. Consulte o aplicativo Bolsa Família ou o portal "Meus Benefícios" do CadÚnico; lá o calendário completo aparece ao inserir seu número de identificação.

Quais são os requisitos de renda para se inscrever no programa?

A família deve ter renda per capita de até R$ 218 mensais, ou ganhar até três salários mínimos no total. Caso a renda esteja entre um e três salários, o CadÚnico ainda aceita a inscrição, mas o benefício pode ser reduzido.

Onde posso fazer a inscrição ou atualizar meus dados no CadÚnico?

A inscrição e as atualizações são realizadas nas unidades do CRAS mais próximas da sua residência. Também é possível agendar atendimento presencial via site do Governo Federal ou comparecer diretamente a uma agência da Caixa Econômica Federal.

O que acontece se eu perder a data de pagamento?

O pagamento não é perdido; ele será repostado no próximo dia útil, conforme previsto no calendário oficial. Contudo, atrasos podem comprometer o pagamento de contas fixas, por isso recomenda‑se acompanhar as datas com antecedência.

Quais são as contrapartidas exigidas para manter o benefício?

É preciso manter crianças e adolescentes na escola com frequência regular, manter as vacinas em dia e garantir acompanhamento pré‑natal para gestantes. O não cumprimento pode gerar suspensão ou cancelamento do benefício.

1 Comentários

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    Thais Santos

    outubro 17, 2025 AT 22:02

    Ei pessoal, vi que o calendário do Bolsa Família tá certinho, mas vale lembrar que essa regularidade traz mais do que só dinheiro; ela cria um ritmo de esperança nas famílias. Quando a conta chega na data certa, a gente pode planejar a compra do alimento e da medicação sem aquele stress de última hora. Também ajuda a manter a frequência escolar, já que o pagamento costuma cobrir as despesas de transporte. Que a gente continue acompanhando e cobrando transparência ao governo.

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